A prefeitura de Campo Grande, sob a gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), volta a ser alvo de críticas por atrasos em pagamentos a servidores municipais. Desta vez, guardas civis metropolitanos (GCMs) denunciam a falta de pagamento do vale, benefício considerado essencial para a subsistência da categoria, especialmente entre os servidores recém-aprovados em concurso.
De acordo com relatos ouvidos pelo TopMidiaNews sob a condição de anonimato, o vale deveria ter sido depositado até o décimo dia útil do mês, o que não ocorreu. O atraso já passa de dois dias e gerou indignação entre os guardas, que afirmam viver uma rotina de incertezas financeiras.
“Uma vergonha. Já não tem o reajuste prometido e ainda não paga. Temos conta para pagar e ficamos à deriva. Não sabemos nem se vamos receber o 13º, é uma luta para conseguir o mínimo. Um verdadeiro descaso”, desabafou um guarda, que reforçou a necessidade do anonimato para evitar retaliações políticas.
A informação foi confirmada por outro integrante da corporação, que reconheceu o atraso no pagamento do benefício. Segundo ele, todos os servidores aguardam o depósito do vale, que é parte fundamental da remuneração mensal.
“O vale é parte essencial do salário, principalmente para os guardas do concurso recente, que já recebem um salário baixo, de R$ 1.864. Com os descontos, esse valor cai para cerca de R$ 1.500. E o vale nem é alto, são R$ 494”, explicou.
Outro guarda reforçou que a situação foge do padrão recente e causa ainda mais preocupação. “A prefeita não pagou o vale dos GCMs. Está atrasado há dois dias já. Pela primeira vez em muito tempo”, afirmou.
O atraso no vale se soma a outras reclamações da categoria, como a ausência de reajuste salarial, melhores condições de trabalho, viaturas boas para a execução do serviço e outras tantas coisinhas pequenas que ajudariam a GCM a ‘funcionar melhor’.
Questionado sobre uma possível previsão de pagamento, o guarda detalhou que o valor ficou apenas no holerite do mês disponibilizado no Portal do Servidor.
“Só a prefeitura pra dar essa resposta. Ninguém da Guarda sabe porque não repassam esse tipo de informação. Tem o lançamento do holerite no sistema do Portal do Servidor, mas cair mesmo… não caiu. Caos total nas finanças da prefeitura”, finalizou.
Enquanto isso, o secretário de Segurança Pública de Campo Grande e GCM (Guarda Civil Metropolitano) Anderson Gonzaga recebeu mais de R$ 140 mil na ‘folha secreta’ da prefeitura em 2025.
A reportagem procurou a prefeitura para falar sobre o assunto, mas até a publicação desta matéria não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
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